sábado, março 04, 2006

Resposta ao desafio

Se desenvolvêssemos o conceito de “Experiência” neste nível específico, significaria que começávamos a perceber o motivo pelo qual as nossas aulas e a nossa investigação seriam capazes de alcançar efeitos de formação no indivíduo, na melhor das hipóteses (o que é talvez raro). Como se atinge esse objectivo, em concreto? Pode atingir-se quando nós próprios, juntamente com os nossos alunos, nos confrontamos com objectos cuja complexidade é contrária a uma estruturação conveniente, à ordem conceptual e à interpretação. E, em particular, quando tal confronto decorre num contexto de reduzida pressão temporal.

2 Comments:

Blogger Peter Hanenberg said...

Já me parece uma tradução bastante "natural". Mas será que "Erlebnis" é só (?) "experiência"? E será que se costuma falar de "pressão temporal" como se fala de "Zeitdruck"? Gosto muito da maneira como deu destaque a este último argumento de Gumbrecht através da nova interpunção.

10:37 da manhã  
Blogger Ana M Abrantes said...

Outra resposta.
Explorar o conceito de “vivência” justamente neste ponto implicaria começarmos a perceber porque o ensino e a investigação que praticamos são capazes de, no melhor (e talvez mais raro) dos casos, resultar na formação do indivíduo. Como tornar isso possível? Podemos fazê-lo acontecer quando nós próprios e os nossos estudantes nos ocupamos de objectos, cuja complexidade resiste a uma estruturação confortável, a uma classificação em conceitos, a uma interpretação. Sobretudo pode acontecer quando esta reflexão se dá sem a pressão de um tempo limitado.

6:01 da tarde  

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